terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O adeus à Vasalisa

Sempre gostei de histórias.  De contos de fadas, de lendas, de parábolas.  Das fábulas de Esopo e dos contos de Grimm.  Das grandiosidades mitológicas e da singeleza do folclore.  De Sherazade, transformando o seu destino trágico em felicidade através das histórias derramadas noite após noite na cama do Califa.  Nos últimos tempos tive oportunidade de entrar em contato com muitas histórias inusitadas, desconhecidas ou mesmo aquelas histórias que, quando as ouvimos, despertam em nós um sentimento de resgate de coisas há muito aprendidas, e depois adormecidas.  Assim me deparei com histórias como a do assustador Barba Azul , a qual nunca havia ouvido direito; a lenda da Mulher-Esqueleto e da Mulher com pele de foca , a interpretação de toda a jornada do Patinho Feio e o drama dos enlouquecedores Sapatinhos Vermelhos. Reencontrei a triste história da Vendedora de Fósforos, livro que ganhei na infância, e conheci Baubo, de quem já falei aqui.  Porém nenhuma delas me impressionou tanto como Vasalisa e a Boneca, talvez somente outra de igual impacto, a Donzela sem mãos.
Gostaria de compartilhar com vocês a história de Vasalisa.  Essa história me fez enxergar coisas que eu só intuía, como a síndrome da Gata Borralheira explorada (porque se deixava explorar) e me fez desejar assistir novamente "A viagem de Chihiro" , agora com os virtuais óculos 3D do discernimento... Pois ao ler Vasalisa e a Boneca, reencontrei a Velha do filme, a Baba Yaga,  a Velha que Sabe, a Mãe Selvagem do Self.  Nessa história, Vasalisa realiza sua jornada de busca e de conhecimento, enfrentando e vencendo  seus medos, deixando de ser a pobre menina e se tornando uma poderosa mulher.  A Boneca, que a acompanha sempre, é sua intuição, que a guiará em segurança nessa viagem pela floresta.  Viagem que, chegado o momento de cada um, devemos empreender todos nós...
Curiosos para conhecer Vasalisa, a Boneca e a terrível Baba Yaga?  Então aguardem...