sábado, 14 de abril de 2012

Ele, o Dalai

"A agressão é uma tendência que faz parte do nosso íntimo.  Por isso, temos de lutar contra nós mesmos.  Homens criados em ambientes rigorosamente não-violentos acabaram se transformando nos mais horríveis carniceiros. O que prova que a semente da mais insana agressividade mora nas profundezas de cada um de nós.
Mas nossa verdadeira natureza é de modo geral pacífica.  Todos nós conhecemos as agitações da alma humana, que está sujeita a imprevistos assustadores.  Mas essa não é a força dominante. É possível  e necessário dominar a agressividade."

Há muito tempo atrás assisti ao filme "O pequeno Buda". Apesar de não conhecer os fundamentos da religião budista, desse filme apreendi o conceito do "caminho do meio", ou seja, o caminho da temperança, sem radicalismo para um lado ou para o outro. Diz o ditado popular: "nem tanto ao mar, nem tanto à terra". Essa coisa de procurar o caminho do meio, de procurar o equilíbrio, a moderação e a temperança das forças que se agitam dentro de nós, me parece ser o caminho ascendente da espiral da vida.

A reflexão que citei aí no início é de Dalai Lama. Tem tudo a ver com o que eu considero um dos nossos grandes desafios, que é domar o nosso próprio medo e  raiva, escolher o caminho do meio, e buscar a temperança.

"O que mais nos incomoda é ver os nossos sonhos frustrados.  Mas permanecer no desânimo não ajuda em nada para a concretização desses sonhos.  Se ficamos assim, nem vamos em busca dos nossos sonhos, nem recuperamos o bom humor !
Este estado de confusão, propício ao crescimento da ira, é muito perigoso.  Temos de nos esforçar e não permitir que a nossa serenidade seja perturbada.
Quer estejamos vivenciando um grande sofrimento, ou já o tenhamos experimentado, não há razão para alimentarmos o sentimento de infelicidade."


( Ambas as citações extraídas do livro: O caminho da tranquilidade, de Sua Santidade, o Dalai-Lama)


Força e serenidade