sábado, 2 de outubro de 2010

Entre a fênix e o dragão


Sempre gostei mais do meu signo lunar, oriental, do que do signo de câncer do zodíaco solar. O dragão é o único animal quimérico no horóscopo chinês e  decidi que ele devia estar presente aqui, simbolizando mais esse lado místico do multifacetado cristal que somos nós.  Procurando uma imagem de dragão que me agradasse, descobri 35 tipos de dragão (!), oriundos de diversas culturas, povoando o imaginário de vários povos através dos tempos.  Dragões terríveis, representantes da destruição e do caos, dragões em forma de imensas serpentes, krakens, basiliscos... Mas  também dragões que simbolizam a sabedoria, a nobreza, guardiões de imensuráveis tesouros... Sabia que meu dragão seria alado, habitante das altíssimas montanhas e de cavernas escondidas nas cordilheiras. E me deparei com o grifo, corpo de leão , cabeça e asas de águia. Esse é o meu dragão, pensei.   Apreciador das artes, possuidor de muitos dons , presente nos escudos  dos paladinos, montaria dos escolhidos  .....
Então me deparei com a fênix.  A fênix da mitologia grega, águia fabulosa e incandescente que renasce das próprias cinzas  .... A fênix egípcia que a cada 500 anos voa da Arábia ao Egito levando as cinzas de seu progenitor, depositando-as  no altar da Cidade do Sol... A fênix chinesa, símbolo da felicidade, trazendo em sua plumagem as cinco cores sagradas, representação da imperatriz e das fêmeas, em contrapartida ao dragão, masculino e imperial... A fênix cristã que vivia no Jardim do Paraíso, em ninho de especiarias e ervas aromáticas, único ser a resistir  à tentação... Ave de  lágrimas curativas, ícone eterno da ressurreição, esperança que nunca morre... 
Entre o dragão poderoso, altivo e nobre, leal protetor de seu cavaleiro, e a fênix dourada, mensageira da esperança e da misericórdia,  escolhi ficar com os dois...