Sempre gostei dessa coisa de decisões de Ano Novo. Houve uma época que eu também, como muitos, preguei por aí que nada muda só porque viramos a folhinha, trocamos o calendário, começamos a contagem de novo... Hoje já não penso assim. Minha sábia tia Ruth me explicou sobre os arquétipos do ser humano, sendo um deles, muito poderoso, o mito do eterno retorno. O ser humano precisa dessa sensação de começar de novo. De zerar uma etapa, um período de vida, e iniciar uma nova fase, com novos sonhos, com novas prerrogativas.
Sim, temos muito que o que comemorar a cada Ano Novo. Vencemos, de muitas formas, somente por estarmos vivos. Vencemos a violência, o medo, a maldade, a dificuldade, a incompreensão, os ataques do Inimigo. Fizemos uma viagem incrível pelo espaço por 365 dias, em torno do Sol... Presenciamos a natureza mudar de forma várias vezes, chuvas torrenciais de verão, neblinas de inverno, flores e frutos de várias estações... Vimos o mar em fúria se levantar contra a areia e o vimos como espelho dágua em tardes douradas de paz... Quem olhou para o céu durante as noites em busca da Lua a viu inchar e diminuir, ser grande e amarela, ser fino sorriso de prata, sentiu-se mais órfão nas noites escuras de Lua negra.
Os chineses, os egípcios, os astecas, os judeus, os povos em geral na sua sabedoria marcam seus ciclos de vida, morte e renascimento e comemoram o poder do ser humano de recomeçar. Como o Oroborus, figura mítica da serpente que engole a própria cauda, símbolo não só do eterno retorno mas da evolução em espiral que deve ser a nossa vida, não recomeçamos do mesmo lugar. A cada volta, a cada ciclo, a cada vida-morte-renascimento que é o cerne da nossa existência, evoluímos um pouco mais, subimos em direção daquilo que nos evoca.
Eu ia falar sobre as minhas resoluções para o Ano Novo mas volto a elas em breve. Pois enquanto escrevia, fui tomada por uma gratidão enorme por estar viva, e recomeçando. Como semente que brota da terra. Como filhote no ninho que prepara o vôo. Como criatura amada pelo Criador.
Que o Ano Novo desperte em vocês o Oroborus. Muitas vezes, não só no início do ano, mas sempre que necessário... e até que terminemos mais uma viagem em torno do Sol. Onde, se Deus permitir, recomeçaremos.
Sim, temos muito que o que comemorar a cada Ano Novo. Vencemos, de muitas formas, somente por estarmos vivos. Vencemos a violência, o medo, a maldade, a dificuldade, a incompreensão, os ataques do Inimigo. Fizemos uma viagem incrível pelo espaço por 365 dias, em torno do Sol... Presenciamos a natureza mudar de forma várias vezes, chuvas torrenciais de verão, neblinas de inverno, flores e frutos de várias estações... Vimos o mar em fúria se levantar contra a areia e o vimos como espelho dágua em tardes douradas de paz... Quem olhou para o céu durante as noites em busca da Lua a viu inchar e diminuir, ser grande e amarela, ser fino sorriso de prata, sentiu-se mais órfão nas noites escuras de Lua negra.
Os chineses, os egípcios, os astecas, os judeus, os povos em geral na sua sabedoria marcam seus ciclos de vida, morte e renascimento e comemoram o poder do ser humano de recomeçar. Como o Oroborus, figura mítica da serpente que engole a própria cauda, símbolo não só do eterno retorno mas da evolução em espiral que deve ser a nossa vida, não recomeçamos do mesmo lugar. A cada volta, a cada ciclo, a cada vida-morte-renascimento que é o cerne da nossa existência, evoluímos um pouco mais, subimos em direção daquilo que nos evoca.
Eu ia falar sobre as minhas resoluções para o Ano Novo mas volto a elas em breve. Pois enquanto escrevia, fui tomada por uma gratidão enorme por estar viva, e recomeçando. Como semente que brota da terra. Como filhote no ninho que prepara o vôo. Como criatura amada pelo Criador.
Que o Ano Novo desperte em vocês o Oroborus. Muitas vezes, não só no início do ano, mas sempre que necessário... e até que terminemos mais uma viagem em torno do Sol. Onde, se Deus permitir, recomeçaremos.
Oroborus