terça-feira, 12 de maio de 2015

A fênix, mais uma vez


A fênix é um ser que entende o sofrimento da angústia. Um ser que se consome e se deixa consumir, perde a cor, adoece. Não consegue mais voar. Chega mesmo a virar cinzas, cinzas que são resultado da queima da matéria e da energia, do corpo e da alma, do pensamento e da emoção...

Mas a fênix renasce. Cria forma onde já não havia esperança. Cresce. Empluma. Fortalece. Incendeia, torna-se gigante, pelo sopro de seu Criador. Na injustiça grita seu canto que estremece, na compaixão se envolve derramando a lágrima que cura...

A fênix está tatuada em meu coração. Meu coração é uma fênix em chamas, renascido a cada ciclo de desterro, cinzas, ressurgimento e voo.

Ser fênix não é facil. Não é algo que se escolhe ser. Consumir-se até as cinzas não é algo que se deseje passar, ainda mais de forma cíclica. Wolverine não queria seu esqueleto de adamantium.  Highlander não queria ser imortal. Dói. Dói muito. Mas quando se entende o que é ser uma fênix, aprendemos coisas, coisas como a consolação e a desolação. Passar pelo vale das sombras. Saber que o fogo do Espírito vai nos incendiar no momento mais negro da escuridão . Confiar. Acreditar. E jamais largar a mão do Criador.